Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=199179,OTE
DIVINÓPOLIS. Era dezembro de 2007 quando o padre Chrystian Shankar chegou a Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Dois anos depois, começou a celebrar as missas temáticas, chamadas de Missa da Família, onde abusa de piadas, gírias e contação de casos para pregar seus ensinamentos religiosos. Na primeira delas, somente 40 fiéis ocupavam os bancos do Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Passados três anos, a celebração ganhou estrutura de espetáculo: atrai gente de toda parte e hoje tem média de público de 15 mil fiéis. O número de pessoas, para se ter ideia, é superior ao de bandas badaladas, como o Monobloco, que no mês passado reuniu 10 mil pessoas na praça da Liberdade.
A reportagem de O TEMPO acompanhou, na última quarta-feira, à Missa da Família. Enquanto os 13 mil espectadores se acomodavam nos assentos da igreja, uma equipe de 300 voluntários se desdobrava para cuidar dos detalhes da celebração. As tarefas são bem definidas, e cada grupo fica por conta da sacristia, acólitos (que auxiliam o padre), acolhida, dízimo, barraquinhas, cozinha, infraestrutura, ornamentação, filmagem e foto. "É um batalhão", compara o padre Chrystian Shankar.
Como a igreja fica pequena para receber os católicos, o padre e seu batalhão usam um imóvel ao lado, com duas quadras de esporte, como anexo para acomodar os fiéis. Ao todo, 4.000 banquinhos são espalhados ali, na área externa da paróquia e na rua. Mesmo assim, falta espaço. Para que todos consigam ver e ouvir os ensinamentos do religioso, quatro telões reproduzem o que acontece no altar.
As imagens feitas em alta definição e o som estéreo são captados por câmeras profissionais. Antes mesmo de a missa acabar, uma equipe de voluntários segue para um cômodo nos fundos da quadra para gravar o áudio em CDs, que são vendidos no fim da missa por R$ 5. A cada celebração, cem cópias são distribuídas, além de 600 DVDs a R$ 10, cada.
O fluxo cada vez maior de pessoas por ali também chama a atenção da Polícia Militar, conforme informa o soldado Guilherme Vaz. "Começou a juntar muita gente desde 2009, e tivemos que trazer maior efetivo para evitar o furto de veículos". Mesmo evangélico, o militar aprova a postura do padre que conta piadas nas missas. "Dá para aproveitar alguma coisa. Ele passa uma mensagem de paz e amor", diz.
Já houve dias em que PM contou 800 motos ao redor da igreja. Todas as quartas-feiras, 1.500 veículos disputam as concorridas vagas nas ruas. Nos fundos da capela, barraquinhas vendem comida para alimentar os fiéis. Só de espaguetes, são vendidos 400 por noite.
O comércio ao redor também agradece. Desde que o padre Chrystian começou a celebrar suas missas, o bolso do comerciante José Eustáquio de Paula, 59, deu uma engordada. Sua sorveteria vende, no mínimo, 200 garrafas d’água por missa. "Fico com a loja aberta até a celebração acabar", diz.
Como acontece com artistas, o padre vem recebendo convites para fazer celebrações em outros lugares do país. Já foi ao Paraná, a Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Agora, padre Chrystian tem viagem marcada para Manaus (AM) e estuda convite para realizar uma missa em Nova York.
A reportagem de O TEMPO acompanhou, na última quarta-feira, à Missa da Família. Enquanto os 13 mil espectadores se acomodavam nos assentos da igreja, uma equipe de 300 voluntários se desdobrava para cuidar dos detalhes da celebração. As tarefas são bem definidas, e cada grupo fica por conta da sacristia, acólitos (que auxiliam o padre), acolhida, dízimo, barraquinhas, cozinha, infraestrutura, ornamentação, filmagem e foto. "É um batalhão", compara o padre Chrystian Shankar.
Como a igreja fica pequena para receber os católicos, o padre e seu batalhão usam um imóvel ao lado, com duas quadras de esporte, como anexo para acomodar os fiéis. Ao todo, 4.000 banquinhos são espalhados ali, na área externa da paróquia e na rua. Mesmo assim, falta espaço. Para que todos consigam ver e ouvir os ensinamentos do religioso, quatro telões reproduzem o que acontece no altar.
As imagens feitas em alta definição e o som estéreo são captados por câmeras profissionais. Antes mesmo de a missa acabar, uma equipe de voluntários segue para um cômodo nos fundos da quadra para gravar o áudio em CDs, que são vendidos no fim da missa por R$ 5. A cada celebração, cem cópias são distribuídas, além de 600 DVDs a R$ 10, cada.
O fluxo cada vez maior de pessoas por ali também chama a atenção da Polícia Militar, conforme informa o soldado Guilherme Vaz. "Começou a juntar muita gente desde 2009, e tivemos que trazer maior efetivo para evitar o furto de veículos". Mesmo evangélico, o militar aprova a postura do padre que conta piadas nas missas. "Dá para aproveitar alguma coisa. Ele passa uma mensagem de paz e amor", diz.
Já houve dias em que PM contou 800 motos ao redor da igreja. Todas as quartas-feiras, 1.500 veículos disputam as concorridas vagas nas ruas. Nos fundos da capela, barraquinhas vendem comida para alimentar os fiéis. Só de espaguetes, são vendidos 400 por noite.
O comércio ao redor também agradece. Desde que o padre Chrystian começou a celebrar suas missas, o bolso do comerciante José Eustáquio de Paula, 59, deu uma engordada. Sua sorveteria vende, no mínimo, 200 garrafas d’água por missa. "Fico com a loja aberta até a celebração acabar", diz.
Como acontece com artistas, o padre vem recebendo convites para fazer celebrações em outros lugares do país. Já foi ao Paraná, a Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Agora, padre Chrystian tem viagem marcada para Manaus (AM) e estuda convite para realizar uma missa em Nova York.
Minientrevista
"Não namoro, mas tenho experiência."
Chrystian Shankar
Padre do Santuário Nossa Senhora Aparecida
Como o senhor decidiu ser padre? Desde que eu me entendo por gente que tenho vocação para ser padre. Minha alegria é pregar a palavra de Deus.
Por que o senhor celebra suas missas usando gírias, expressões e contando piadas?Jesus sempre contou parábolas com aquilo que o povo entendia: ovelha, trigo, joio, barro. Ele usava a linguagem do povo daquela época. Eu prego com a linguagem de hoje, da internet, YouTube e etc. É o que o povo entende.
E, de repente, suas missas ficaram lotadas?Sim. Começamos aqui há três anos com a Missa da Família, com 40 pessoas. Agora, são 15 mil.
O senhor dá conselhos amorosos. Se não é casado, de onde tinha experiência para isso?Sou padre, não namoro nem tenho mulher, mas frequento academia, faço trilha de moto e tenho uma experiência que a maioria não tem, que é o aconselhamento diário de muitas pessoas com o tema relacionamento. (RRo)
Por que o senhor celebra suas missas usando gírias, expressões e contando piadas?Jesus sempre contou parábolas com aquilo que o povo entendia: ovelha, trigo, joio, barro. Ele usava a linguagem do povo daquela época. Eu prego com a linguagem de hoje, da internet, YouTube e etc. É o que o povo entende.
E, de repente, suas missas ficaram lotadas?Sim. Começamos aqui há três anos com a Missa da Família, com 40 pessoas. Agora, são 15 mil.
O senhor dá conselhos amorosos. Se não é casado, de onde tinha experiência para isso?Sou padre, não namoro nem tenho mulher, mas frequento academia, faço trilha de moto e tenho uma experiência que a maioria não tem, que é o aconselhamento diário de muitas pessoas com o tema relacionamento. (RRo)
Comentário meu: Sem dúvida, o interessante nessa história é a diferença com relação a outros padres afamados. Este, diferente dos demais, não fez sucesso pela afinação musical, pela ginástica celestial ou divulgação global. O movimento surgiu pequeno no interior de Minas e está ancorado na fala do padre, além de ter sido divulgado, inicialmente, pelos próprios participantes. Um fenômeno interessante por sua peculiaridade. O mínimo que se pode dizer é que, em Divinópolis, nas quartas à noite, tem 15 mil pessoas a menos vendo porcaria na tela da Globo, e, em vez de transformarem suas mentes em chiqueiros fedorentos, estão dispostas a tentar aprender algo que presta. Sintoma que dá esperança? Quem sabe?
Legal, muito legal mesmo! Nossa Igreja está precisando de padres como este.
ResponderExcluirNão custa olhar para aprender! Afinal não sai do discurso de Jesus, olhando de fora percebo o quanto estamos longe do ideal.
ResponderExcluirAbraço.
Pois é Padre Pop..rs
ResponderExcluirUma boa semana, gostaria de informar que meu blog Sei que Deus existe foi excluído sem eu saber porque, estou fazendo um blog novo e gostaria de convida-la para conhecer, já te sigo com meu perfil, não alterou nada nesta parte, obrigada.
http://www.blogueirosquepensam.blogspot.com/