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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Contei a um evangélico que professo o Credo Apostólico

Pães-de-queijo da Berenice

- Credo! - Disse Seu Moço, entre o segundo e o terceiro pão de queijo, quando lhe contei que todos os domingos professava o Credo Apostólico na igreja.
- Sim, qual o problema?
- Uai, isso é coisa de católico! Esse negócio de ficar repetindo a mesma prece...
- Mas o Credo não é prece, não é oração. - E continuei, antes que ele desentendesse ainda mais - Você acredita que há um só Deus, criador de tudo?
- Sim, claro.
- Você acredita em Jesus Cristo, que é seu Senhor?
- Claro.
- E que ele foi concebido pelo Espírito Santo? E que nasceu da Maria quando ela era virgem?
- Sem dúvida, não sou herege!
E assim segui com as perguntas, enquanto ele respondia afirmativamente. Por fim, depois de revisar todo o Credo, eu disse:
- E você acha certo afirmar essa sua fé publicamente? Acha bom que os cristãos deixem claro no que creem, para que os outros saibam e para que eles mesmos relembrem os fundamentos de sua fé?
- É... acho que sim.
- Então, o Credo é isso. Não oramos quando o afirmamos, mas declaramos no que cremos.
- Ah, mas...
- Só não professamos o Credo Apostólico quando o substituimos em algumas reuniões pelo Niceno ou Atanasiano.
- Nice... quê? Credo!

***

Uma dica de mineiro

Bem, já que mencionei os pães de queijo, vou dar uma dica de bom mineiro. Acontece que os pães de queijo que como por aí não têm quase nada de queijo. É como fazer uma muqueca capixaba sem peixe ou um churrasco gaúcho sem carne. Sem sentido? Mas é o que fazem. Uma boa receita de pão de queijo deve ter pelo menos 600 gramas de queijo (de preferência queijo Canastra curado, por seu sabor mais acentuado) para um quilo de Polvilho. Além disso, se houver ovos caipiras disponíveis, a cor fica bem melhor. Fica mais caro quando feito assim, mas, sem dúvida, fica como deve ser!

4 comentários:

  1. Mas há mineirinho. Muito bom einh, gostei de ver.
    Sabes que eu até juntaria a história do professar a fé com a do pão de queijo?! Olha, penso que não confessar a fé é como comer um pão de queijo falso... sem queijo e ovos caipiras. Confessar a fé é o ponto alto do cristão. Que bom que temos o Credo Apostólico, Niceno e Atanasiano.
    Bom trabalho mineirinho. COntinue fime.
    Régis.

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  2. Obrigado pelo comentário, Régis. É... Poderia também ter pensado cada artigo do Credo como um ingrediente para a nossa fé cristã. Daí, quando falta um, a massa toda fica diferente, com resultado insatisfatório. O problema seria tentar estabelecer uma hierarquia entre os artigos do credo, como é fácil fazer entre os ingredientes do pão de queijo...
    Um abraço!

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  3. Magnifico...Enfrentei drama semelhante ao chamar a Igreja que pastoreio de apostólica.Pior,uso colarinho clerical por entender ser essa uma indumentária apropriada a um ministro do Evangelho.O pior é que os questionamentos aos quais as vezes sou submetido sequer veem acompanhados de pães de queijo.
    Paz!

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  4. Caro Anselmo Melo,
    Obrigado pela visita, pelo comentário e por juntar-se a nós.
    As coisas ficam meio mal compreendidas às vezes mesmo. Mas, com o tempo, as pessoas vão se esclarecendo, não é? Não... É, talvez não. Mas que Deus cuide de todos, assim, no fim das contas, tudo dará certo.
    Abraço,
    Cesar

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