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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Rejeitaram meu macarrão. Muitos rejeitam o Salvador.


Aproximando-se o Natal, tudo faz pensar naquele que é o maior presente que o ser humano pode receber, mas que muitos têm rejeitado. Alguns o rejeitam por soberba, racionalismo exacerbado ou coisa do tipo. Outros, contudo, o rejeitam porque não receberam a informação correta sobre ele. Conheceram uma versão equivocada, que recebia o mesmo nome. Souberam de um Jesus que, segundo os pregadores, os amava, mas que não fazia muito por elas. Um Jesus que não trazia perdão, paz e salvação, mas somente mais encargos, responsabilidades, bugingangas e pendengas mil.

Coisa parecida aconteceu ontem aqui em casa. Uma família de amigos veio passar a tarde e prosear. Tomaram o café da tarde conosco (Com bolo de fubá e pão de queijo, pois aqui é Minas, uai! E eles são capixabas). O tempo passou e o sol fez que queria se esconder. Então, nós os convidamos para jantar conosco. Dissemos que facilmente prepararíamos um macarrão bem bom. Muito prontamente se recusaram. Acontece que trazem na memória uma experiência recente de um macarrão terrível que comeram. Eu também me lembro, porque dele também compartilhei na ocasião. Uma coisa assim... grudenta e indefinida. Não foi culpa de quem o preparou, mas da falta de recursos. Sejamos justos! Mas os três amigos que conosco estavam ontem nem quiseram saber. O trauma foi grande demais. E recusaram. Talvez não tenhamos feito a propaganda devida. Não sei. Uma pena, pois a prosa ia bem. E o macarrão não ficou grudado. Na verdade, foi a primeira vez que preparei uma pasta di grano duro vinda da Itália (primeira vez que comprei, pois achei em boa promoção). O resultado foi um penne rigate com molho de atum. Cheguei à conclusão de que o preço um pouco mais alto dessa massa importada faz sentido. A textura é mais firme que a das massas produzidas aqui no Brasil. E o amido que solta é bem menos. Não fica grudado mesmo.

Acho que eles vão ler e ver o que perderam aí na foto de cima. Mas muitos que recusam o verdadeiro Cristo, julgando que aquele que lhe apresentaram alguma vez é ele mesmo, não acham quem lhes torne a oferecer o Presente de modo claro, honesto e transparente. Uma pena.

Neste Natal, tente falar do Presente de modo coerente com a Palavra. E se você ainda não o conhece assim, não se feche completamente para ele, pois se você soubesse o que está perdendo...

Um abraço,

Cesar


sábado, 10 de dezembro de 2011

Noite Feliz? - 3º Domingo de Advento

Neste terceiro Domingo de Advento, eu me calo. Deixo que o Fruto Sagrado tome o meu lugar e comente. A letra dessa música nos faz repensar, entre outras coisas, a pertinência de nossas palavras e atitudes. Que cada um entenda o que puder entender. Deixo já o meu abraço.


Você já esqueceu do aniversário de quem você ama?
Já esqueceu o nome de alguém que te ama?
Mas chega o fim do ano e é tudo igual,
Eu acho que vocês acham que eu sou débil-mental!
São mais de 300 dias debaixo da opressão
Medo da guerra, da bala perdida, medo do medo da solidão,
Eu vejo os shoppings lotados, ruas lotadas,
Avenidas decoradas por corações vazios...

Feliz Natal! Pra criança deixada na rua...
Noite Feliz! Praquele que não tem o que comer!
Feliz Natal! Pro pai desempregado...
Noite sem paz! Praquele que a morte veio ver!
Uma noite de paz! Uma noite...

Estava desconfortável, escuro e frio...
O cheiro dos animais invadia o curral
Onde a virgem Maria trouxe ao mundo
O Príncipe da Paz, o único capaz
De transformar o caos em harmonia,
A tempestade em calmaria,
Corações sujos como aquela estrebaria
Em um lindo shopping center decorado pro Natal...

Feliz Natal! O natal que muita gente esqueceu!
Noite Feliz! Pra quem ainda não veio pra festa!
Feliz Natal! O mundo é quem ganhou o presente!
Noite sem paz!
Pra quem esqueceu daquele que nunca te esqueceu!

Feliz Natal! Deixe-o nascer em seu coração!
Noite Feliz! O passado fica pra trás!
Feliz Natal! Você é o presente de Deus!
Noite de paz! A morte morreu de medo ao ver Jesus nascer!
Uma noite de paz! Muito mais que uma noite de paz!

domingo, 4 de dezembro de 2011

João Batista de Da Vinci, perfeita e péssima representação - 2º Domingo de Advento

Neste segundo Domingo de Advento, João Batista me apareceu nas leituras que hoje se fizeram na igreja. Por isso, resolvi falar dele de modo breve, breve mesmo. Gostaria somente que você considerasse o seguinte quadro pintado por Leonardo Da Vinci por volta de 1516:


Incomoda, não? Um sujeito assim, meio andrógino, não representa bem o profeta meio rude que conhecemos pelas páginas dos Evangelhos. Que olhar é esse? E esse sorriso? E que shampoo era esse que João Batista encontrava no deserto para ter cachos sedosos? Péssimo, senhor Da Vinci!

Por outro lado, a representação é perfeita, não pela feição do retratado, mas por seu gesto. João Batista aponta. E se você olhar mais de perto, verá que ele aponta para a cruz! E é isso que ele fez, de fato. "Vejam o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" Vejam a ele, não a mim. Vejam!

Quando olho para o quadro, agora, penso que, se implico, é porque não somente a pintura do artista é equivocada, mas também o meu olhar. Eu deveria submeter-me ao gesto e olhar para a cruz, esquecendo-me daquele que aponta. E eu também devo apontar. E devo esperar que de fato não olhem para mim, mas para aquele que assinalo, Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, morto pelos nossos pecados. Mas isso é difícil, pois, na prática, apontamos para a cruz, mas deixamos e queremos deixar nossas faces no foco.

Fragmento de oração (junte seus cacos com este e construa sua prece)

Senhor, não posso esconder de ti minhas limitações. Sei que preciso apontar para Cristo sem a vaidade de querer ser visto. Mas é difícil vencer o velho homem que habita em mim. Perdoa-me essa falha e ajuda-me a compreender o verdadeiro sentido de viver para Cristo.

Abraços,
C.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A resposta de Maria - 1º Domingo de Advento


A resposta de Maria: reflexão para o 1º Domingo de Advento a partir de Lucas 1:26-38

O anjo Gabriel foi levar uma notícia muito estranha a uma jovem do povo judeu, uma que poderia passar despercebida, não fosse o que estava por acontecer. Ela poderia ter sido uma entre tantas a receber o nome da irmã de Moisés. Mas não foi assim.

De início, ele a saúda chamando-a de agraciada. Ela não entende o motivo. Então, encontramos sua primeira resposta: o silêncio acompanhado de reflexão.

Em seguida, o anjo anuncia a mensagem, dizendo que ela conceberia e daria à luz um filho muito especial, que já nasceria com promessas impressionantes. Maria não duvida das promessas todas, mas se incomoda com um detalhe, a aparente impossibilidade de uma virgem, como ela, conceber. Aqui, sua segunda resposta: uma pergunta específica.

Maria pergunta como aconteceria aquilo se ela nunca tinha feito sexo. O anjo explica o sobrenatural e apresenta como evidência da possibilidade do impossível o caso da própria parenta de Maria, Isabel, que há pouco concebera mesmo sendo idosa e estéril. Finaliza sua fala observando que nada é impossível para Deus. Agora, nos deparamos com a terceira resposta de Maria: a afirmação de sua submissão diante da mensagem anunciada.

“Aqui está a serva do Senhor. Que se faça segundo a tua palavra”. Ela é decidida. E esta sua decisão parece repercutir em todo seu comportamento subsequente ao longo da narrativa do Evangelho.

Silêncio, pergunta pertinente e submissão decidida. Essa resposta em três etapas talvez seja uma boa receita para nós também, quando nos deparamos com pontos do pensamento cristão que nos parecem paradoxais ou mesmo problemáticos. Silenciar significa esperar para compreender melhor, em vez de logo negar, reclamar ou debochar. Perguntar uma pergunta certeira significa não perder-se em discussões sobre o que não é o ponto que realmente provoca a dúvida. Submeter-se significa reconhecer que a mensagem do Eterno não depende, no extremo, de nossa total compreensão. Ela requer, isso sim, nossa submissão.

Maria foi sábia assim diante da melhor notícia do mundo. Nós também recebemos tão maravilhosa notícia nestes dias, quando começamos a nos preparar para lembrarmo-nos do nascimento de Jesus, o Cristo, no tempo histórico, a refletirmos sobre o fato de que ele nasce nos corações de muitas pessoas quando sua mensagem é anunciada, e a aguardarmos pela sua segunda vinda. Nisto consiste a tríplice tarefa que temos neste período de Advento. 

Há coisas que não entendemos sobre os temas próprios deste tempo. Vamos tagarelar de imediato? Vamos perder-nos em perguntas erráticas? Vamos desprezar a autoridade da Palavra do Senhor?

Eu, velho homem que também sou, tendo a tudo isso. Mas quero fazer como Maria: calar-me, perguntar o que preciso mesmo perguntar, e submeter-me à revelação do Criador. Nisso, há sabedoria. Isso é bom fazer.

Fragmento de oração

Senhor, ajuda-me a saber reagir diante daquilo que não compreendo plenamente. Ajuda-me a ter paciência para não dizer coisas sem sentido, sabedoria para fazer as perguntas certas, e submissão para aceitar a resposta que vem de ti. E obrigado por Cristo, que com seu incompreensível amor me fez acolhido por ti, para a vida eterna.

Um abraço,

Cesar

P.S. Neste mês, não apresentarei o "Devocional do Mês", mas, se possível, quatro reflexões como esta, uma para cada Domingo de Advento. Espero que lhes sirva para edificação, ainda que não compartilhem do mesmo calendário litúrgico.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Já vem perto o Natal!

Sim, ainda não vi os tradicionais ornamentos nas vitrines. Mas comecei a ensaiar com o coral de minha Comunidade para uma cantata programada para o primeiro domingo de advento. Quando entoamos os primeiros versos de uma dessas canções, é como se nossa alma reconhecesse o tempo especial que está por chegar.

Chegam também, à nossa memória, várias canções que entoamos nos anos passados. Entre elas, todas especiais, uma me agradou de modo especial no último natal: Oh Noite Santa!. O que mais me atrai nela é a maneira completa em que apresenta o nascimento do Salvador, sua confissão de fé segura e bem definida, além da forte música e as notas altas (que trabalho deu para nós tenores!). Encontrei uma versão da mesma cantada pelo coral do King's College de Cambridge (Com órgão de tubos, que é um negócio muito legal de se ouvir. Pena que poucas igrejas no Brasil o tenham.). Apresento-a, então, como uma primeira de muitas canções de Natal que devo postar até 25 de Dezembro. 

Aproveito para adiantar o tom que procurarei seguir neste período: O Natal não é dia exato do nascimento de Jesus (eu sei e todos sabem), mas é um momento oportuníssimo para falar dele. A grande mídia tenta universalizar a data, referindo a ela como "festa de fim de ano", tentando ao máximo esconder o aniversariante. É contra isso que me levanto. É contra isso que convoco o canto.


E acrescento mais essa dessa garotinha fofa cantando super bem:


A letra em inglês, que segue abaixo, é uma tradução meio livre do original francês. O coral a canta completa. A garotinha executa uma versão um pouco diferente.

 

O Holy Night! The stars are brightly shining,
It is the night of the dear Saviour's birth.
Long lay the world in sin and error pining.
Till He appeared and the Spirit felt its worth.
A thrill of hope the weary world rejoices,
For yonder breaks a new and glorious morn.
Fall on your knees! Oh, hear the angel voices!
O night divine, the night when Christ was born;
O night, O Holy Night , O night divine!
O night, O Holy Night , O night divine!

Led by the light of faith serenely beaming,
With glowing hearts by His cradle we stand.
O'er the world a star is sweetly gleaming,
Now come the wisemen from out of the Orient land.
The King of kings lay thus lowly manger;
In all our trials born to be our friends.
He knows our need, our weakness is no stranger,
Behold your King! Before him lowly bend!
Behold your King! Before him lowly bend!

Truly He taught us to love one another,
His law is love and His gospel is peace.
Chains he shall break, for the slave is our brother.
And in his name all oppression shall cease.
Sweet hymns of joy in grateful chorus raise we,
With all our hearts we praise His holy name.
Christ is the Lord! Then ever, ever praise we,
His power and glory ever more proclaim!
His power and glory ever more proclaim!